segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Planes



Ja vi o filme!!!

Estou cansado e tenho andado nos últimos dias a tentar não quebrar a regra que não nos permite trabalhar mais de 14 horas diárias. Por mais estúpido que possa parecer, se isso aocntecer a responsabilidade é-nos reportada e não aos nossos Líderes ( aos que merecem tal tíltulo) e, ultimamente, poderá mesmo levar a despedimento.

Rídículo mas verdade. Para que possam ter aí uma ideia do quanto tenho trabalhado, nos últimos dois dias não quebrei o POB ( essa regra estabelecia) por menos de 15 minutos.

Voltando ao filme, tem uns pormenores interssantes. Tem umas piadas estritamente aeronáuticas e apresenta muito poucas falhas. Curioso também que me recordo de na altura ter reparado nessas mesmas falhas, mas agora que me esforço por recordar..... já não me lembro quais eram... o que remete a minha sensação para o facto de que provavelmente não seriam muito graves.

Notei também que era a  única pessoa no cinema a mover constantemente a cabeça para compensar os ângulos de câmara nas voltas mais apertadas.... old habits die hard...

Enfim, aconselho...

Reavivei a minha saudade de voar e o meu desejo de um dia me ver aos comandos de um Spitfire da 2a guerra mundial.... (suspiro)

Quando for grande suponho..

Abreijos
É uma semi-continuação do filme Cars, nascido também da parceria Disney - Pixar.



http://www.youtube.com/watch?v=3KumjBXHdzY

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Veneza By Night


Apresso-me no trabalho. 

Com o navio atracado em Veneza pela noite, devem haver poucos clientes a bordo... porque é que demoramos tanto tempo a encerrar? 

Corro de um lado para o outro, suo no meu novo e ridículo uniforme tentando apressar a tão desejada saída do navio. Tenho três pessoas à minha espera e odeio fazer-me esperar. 

Faltando paciência para aguardar pelo elevador, desço três andares mais pelos corrimões do que pelos degraus e entro na cabine 9660. Confirma-se a minha preocupação. 

O Rodolfo joga playstation já de cabelo ajeitado na direcção do costume, talvez com um pouco mais de gel para aprimorar a ocasião. 

Sem tempo para banhos então.

Vesti a túnica mais apropriada ao romantismo dos canais, molhei o cabelo ( este contrato recusei-me a moldá-lo com qualquer espécie de fixante) e telefonámos à Carissa para que viesse ao nosso encontro com a Caroline.  

Respirei fundo. Ao que parece não só não havia pressa para sair, como queriam passar para um copo de vinho antes de nos fazemos ao caminho.

Batem as 23:30 e decido-me por não levar casaco sob a premissa do Rodolfo de que ele já levava um e que tinha a Carissa para o aquecer. Para frustração dos dois, é um cenário que não se espelha com a Caroline, mas aceito de bom grado o casaco e o argumento, se necessário.

Dos quatro, apenas Caroline domina o Italiano. Fruto de um ano em intercâmbio que recorda com mais saudades do que aquelas que expressa. Preocupa-se em não se tronar aborrecida e a gerência agradece. 

Saímos do grande e enclausurante Disney Magic e somos abraçados pelo calor abafador de Veneza. Ainda não se cheiram os canais daqui mas já gondoleamos mais do que andamos pelo alcatrão do porto. 

Todos os tripulantes pelos quais passamos vêm na direcção inversa: "Está tudo fechado" - acautelam-nos repetidamente.

Já nos haviam avisado antes. O que me fez vir com este pequeno e selecto grupo foi precisamente o facto de nenhum de nós se importar com isso. Não viemos a Veneza para nos embrenharmos nos flashes incessantes e no barulho silenciador dos clubes locais, cheios da mesma tripulação pela qual passamos diariamente.

Num raso de loucura espontânea íamos a Veneza para ver Veneza... A cidade não encerra só porque não nos é disposto o comércio turístico e os tours demasiado caros e objectivos. E o resultado desse desprendimento de objectivo a cumprir ou do percurso em si não poderia ter sido melhor.

A cidade tem um encanto especial pela noite. Não só pelo desertismo das ruas e dos canais ou pelo silêncio, pontuado com um grupo ou outro de jovens locais que apreciam vinhos e conversas nos inúmeros cais espalhados pelas margens. Essencialmente pela ausência de pressa para coisa alguma. A liberdade de se fazer o que se quizer, agora ou quando nos apetecer, por onde for. 

É no entanto um local de extremos. 

Paria no ar uma guerra sintomática: O secretismo labiríntico das ruas estreitas e dos canais quietos de um lado. A ordem gritada à rectidão dos edifícios estatais e o eco que reflecte no enorme vazio das praças outro.

As conversas prolongam-se por horas. Os assuntos sempre frescos e ambulantes, renovados a cada ponte que atravessamos. 

Curiosas edificações, essas a quem chamamos de pontes. ..
Um elo de conexão em caso todo, nem terrenas nem astrais, tão práticas quanto litúrgicas.
Feminidade perfeita no engenho da ligação.















Chegamos à altura de decisões. Recito Mind da Gap por instinto "bazamos ou ficamos?"

Seguem-se opiniões parcas e pouco concisas.

"Por mais um par de horas vemos o nascer do sol em Veneza"  - Intervenho de novo. 

Contaram-se os sorrisos e a decisão foi unânime. 

Seguiu-se um dia arrastado e de olheiras sombreadas sob as horas mais longas.

Mas compensou largamente. 

Abreijos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Disney na Forbes Magazine




America's n.º1 Reputable Company.... de acordo com a Forbes Magazine. 

O Rato não brinca em serviço ; ) 

domingo, 4 de agosto de 2013

Napoli

Nápoles é suja, caótica e tem muito pouca consideração para com a vida humana no geral. 

Foram estes os traços gerais da cidade que moldaram a opinião das pessoas com quem procurei alguma espécie de direcção ou sugestão. 

Assim saí, solitário, e determinado à aventura. Comigo, trago apenas o computador às costas, uma bolsa com uma dose generosa de atenção ao trânsito e poucas expectativas no bolso ( no da frente porque os panfletos dizem que o de trás é mais fácil de roubar). Não estavam ainda à vista as ruas costeiras de Nápoles quando na porta de embarque me cruzo com uma das poucas Portuguesas a bordo. Alguém com quem nem me cruzo muitas vezes.

Confessou-me ser vegetariana há mais de 18 anos e que tinha encontrado um restaurante vegetariano na sua última passagem, que se situava na parte mais alta da cidade, a cerca de 25 min a pé... convidou-me para acompanhar. Isto caso não me importasse de andar tanto e por bairros mais degradados - Tipo bairro alto - diz ela. 

Claramente não me conhece...

Mudança súbita de planos e aqui vamos nós... 

Dificilmente podia ter corrido melhor. Acontece que acabei por acompanhar a Susana na celebração do seu 3º aniversário com a Disney. Uma celebração originalmente destinada à solitária.

Ruminámos duas doses de filetes de seitan marinado em limão e vinho branco num restaurante acolhedor, de tons rústicos, em jeito de mercearia. O serviço era cru e desenrascado. Talvez não noutra circunstância, mas sabe bem ver o empregado de mesa servir o pão com as mãos... uma espécie de sentimento mais doce que acre pelo contraste com os níveis de serviço que somos obrigados a obedecer a cada minuto a bordo.

O bairro de facto assemelha-se em vários aspectos ao bairro alto. Não só pelas ruas estreitas e desprovidas de carros. Também pelas lojas mais criativas do que abençoadas com fundos de maneio, escondidas entre portas de prédios.... e quem me conhece sabe que tenho um fraquinho por coisas escondidas. 

Em resumo, refuto tudo quando me disseram da cidade. Existe sim imensa arquitectura vandalizada, o transito é caótico e a sujidade na rua abunda.... mas não é esse o standard das grandes cidades da Europa neste momento? Será a nossa Lisboa assim tão diferente? Não passa de uma cidade maravilhosa  e mal aproveitada. 

Gostei e aconselho.
Aconselho também que não tentem ver a cidade pelos olhos dos outros... copo meio cheio ou meio vazio... é uma questão de perspectiva.



Abreijos.