Em meados do ano passado escrevi um texto que nasceu parcialmente de uma leitura breve de Gonçalo Cadilhe. Falava de partidas e do sítio ao qual retornamos no térmido de cada uma. Falava de prespectivas, crescimento, comparação, Viagem. Não das que somam quilómetros, das que somam tempo.
Um pouco por comparação, hoje falo-vos do inverso. Hoje falo-vos de estagnação. Estagnação por falta de expressão mais feliz, sabendo que fica aquém do que vos quero transmitir. "Estagnação viajante" seria um termo mais oportuno. Mas mais confuso.
Uso o termo estagnação por medida e molde à água... agita, mata sede, serve o propósito que lhe dermos, e uma vez inútil, estagna. Apodrece. Cheira mal. Intoxica.
O mesmo se passa com alguns pedaços de terra.
E não será pelas característcas naturais que tenham, pela paisagem que nos ofereçam de bandeja, clima, ou as aventuras que neles tenhamos sem que nada nos seja pedido em troca.
Alguns lugares apodrecem... intoxicam-nos aos poucos e, na grande maioria das (minhas) vezes, nem nos apercebemos.
Salva-nos a comichão... aquela sensação de prurido inquieto que nos mantém à procura de algo... que nos faz balançar o peso do corpo de um pé para o outro. Olhar para o relógio mais vezes que as mencionadas da dose diária recomendada...
A melhor forma de combater o frio continua a ser o movimento.
Atam-se as botas,
Enfrenta-se a montanha de frente.
Abreijos.