Desde que a minha geração germinou memória que é assaltada (à
mão desarmada mas ainda assim guarnecida) por imagens das calotes polares.
Temos gravadas na memória os enormes pedaços de gelo que pelo aquecimento
global se separam do grupo central e cedem às correntes que as empurram depois
para latitudes menos frias. Há cerca de duas décadas as campanhas de sensibilização
foram bem conseguidas.
A massificação da mensagem, todavia, gerou indiferença.
E hoje ninguém está de facto muito preocupado. Tomamos como um dado adquirido que deveríamos
fazer algo contra o avançar da situação. E gastamos 30 segundos a pensar sobre
o assunto recostados no nosso sofá, ao lado do aquecedor a óleo. Era o tempo do
intervalo do Reality Show.
E a ideia de altruísmo fingido desvanece-se quando a Teresa Guilherme surge no
ecrã.
Não me incluo nos exemplos a seguir... sou apenas mais
cínico que a maioria pelo tempo que gasto a pensar no assunto.
Que sirvam as linhas acima de introdução. Este post não era
suposto ser crítico, mas ganhou vida própria.
Queria dizer menos sucintamente que nos deparámos com o
maior Iceberg que espero ver no período que a minha esperança de vida me
permitir. Desenganem-se quanto ao aspecto algo coniforme que surge nos filmes.
Imaginem um desfiladeiro, 20 andares de altura, visto do 6º
humilde andar do prédio da frente.
Uma Ilha com mais de 3Km de largura e que transporta, uma
vez separada da calote central, água suficiente para alimentar a 1 litro por
dia, toda a população do mundo por 6 meses....
Ganha uma dimensão diferente quando posto desta forma.
Eu acho.
Abreijos
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