Nós.
Indomáveis exploradores de oceanos. Pioneiros em rotas ditas comerciais, ainda que muitas delas tivessem fundamentos mais nobres e espirituais, mas menos convenientes a financiamentos.
Mas isso são histórias para outros blogs.
Acontece com alguma frequência a bordo de um navio em explorações Antárticas ouvirmos referências a Portugal. Por coincidência ou não, um dos elementos da nossa equipa de expedição nasceu num berço Açoreano. John Fonseca. De cabeça rapada, barba comprida e espírito tão vivo quanto a voz que tem, não se podia parecer muito mais com a minha ideia de marinheiro quinhentista. à parte da pele bem cuidada.
A ideia de Lusos perto de latitudes tão a sul não nos assola à primeira investida. Contudo, com pouca investigação reconhecem-se as nossas cores e influência cultural em países como a Argentina ou o Chile. Recorde-se que Argentina é o país mais a sul da América e tem, em si, a cidade mais sulista do mundo. Ushuaia. Terei oportunidade de escrever sobre esta cidade muito pouco ou nada cosmopolita um pouco mais à frente.
É também de relembrar que Fernão Magalhães, numa exploração financiada por Carlos V de Espanha para encontrar uma rota por Oeste para as Ilhas Moluccas, terá sido o primeiro navegador a encontrar e atravessar o estreito (agora com o seu nome) que ligava o Atlântico a um oceano tão calmo que baptizado foi, pelo nosso tão Português Fernão, por Pacífico.
Acontecimentos incontornáveis e desta magnitude incham-nos o peito de orgulho e frustração. Orgulho nas pegadas que deixamos no mundo. Frustração por, em todos os manuais nos quais consegui deitar a mão, o tão nobre e ousado navegador vir descrito como "Ferdinand Magellan".
E assim se chama o estreito.
Abreijos.
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