sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cacilheiro


Passam-se já duas semanas desde a minha última entrada. Aproveito para exercitar a escrita naquele que se tornou o meu fiel e silencioso companheiro deste último período de adaptação.
Ao estilo Veneziano submundista, aceita-me as moedas, não me faz pergunta alguma e carrega-me à outra margem. Olha em frente, não fala. Não quer saber quem sou. 

Agradável despretensiosismo. 
Suave vácuo de julgamento. 

É gentil o bastante para me avisar que nos aproximamos do fim. Abranda-me a caneta às ordens de atracagem. Preferimos os dois que saia nessa altura. 

Mantemos a nossa relação saudável e necessária. 

Cacilheiro

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